quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Doações de Desenhos


Qual é o lugar da Arte? Um espaço fechado? os muros? as ruas? a parede?

E será que a Arte poderia mudar a vida de alguém?


Conversamos a respeito do LUGAR, onde é esse lugar que habitamos? Ou, eu estrangeira daqui, como poderia me aproximar desse espaço? Cada um é um presonagem único dentro dessa narrativa que vivemos, conversamos sobre o bairro de Guaianazes: os pré-adolescentes tinham opniões muito diversas a respeito daquele espaço. Fiquei curiosa.

Primeiro observamos alguns trabalhos de artistas que tinham o LUGAR como questão. O "Efêmero" surgiu como discussão já que percebemos que existiam trabalhos que tinham uma vida útil no espaço. Preparamos em pequenas " telas" de papelão pinturas e desenhos que seriam doadas para o bairro. Pedi que cada um escolhesse individualmente o "SEU" lugar, e que gravássemos o depoimento
Alguns desenhos ficaram em lugares "seguros", como por exemplo na serralheria, a moça da batata frita, a lojinha e tal. Outros se arriscaram e seus desenhos passaram a habitar o espaço da rua, a grade.

Muitos querem envelhecer em Guaianazes, outros pensam em Europa, Havaí... Para a maioria o bairro é um lugar bom (fora a pedofilia! isso merece uma postagem especial). O bairro é alegre e merece cuidados segundo eles. O video esta quase pronto para colocar aqui.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Tecido Branco

E quando as cartas parecem desaparecer do que chamo de cérebro ativo, lá do fundo da sala aparece um loooooogo tecido branco. E viva a Andrea...
Todas as crianças passaram a habitar o interior desse longo tecido que poderia se transformar em muitas coisas. Eu fiquei do lado de fora, um camarote para observar as muitas mutações que o tecido de crianças e Andrea promoviam.
Nosso corpo agora era uma escultura coletiva: engatinhava, rolava, ficava de pé, agachava e precisava muita atenção com o outro. Todos estavam ali e faziam parte de novo corpo. Tínha uma velocidade e maneiras para caminhar.
Saímos do espaço da sala de aula, invadimos escadas e os limites do espaço externo. Éramos uma grande escultura ainda no pátio vazio da manhã de segunda feira. O vento agora era mais um componente dessa brincadeira. Inventei um botão que interferia diretamente nessa grande montanha de crianças, esse botão quando acionado podia fazer barulhos, modificar a escultura, fazer movimentos.... maior barato! Quem viu, viu. Quem não viu pode colher um pouquinho das imagens por aqui...