Os registros encontrados aqui são relatos, experiências, situações, dúvidas e possibilidades vivenciadas diariamente na minha prática como artista-educadora dentro Programa de Iniciação Artística no CEU Lajeado, região de Guaianazes, extremo leste da cidade de São Paulo. Esse blog surge mais uma vez do interesse de explorar essa plataforma colaborativa oferecida pela internet Esse espaço é uma continuidade do processo de escrita iniciado no blog anterior www.airaejuliananoceu.blogspot.com
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Doações de Desenhos
Qual é o lugar da Arte? Um espaço fechado? os muros? as ruas? a parede?
E será que a Arte poderia mudar a vida de alguém?
Conversamos a respeito do LUGAR, onde é esse lugar que habitamos? Ou, eu estrangeira daqui, como poderia me aproximar desse espaço? Cada um é um presonagem único dentro dessa narrativa que vivemos, conversamos sobre o bairro de Guaianazes: os pré-adolescentes tinham opniões muito diversas a respeito daquele espaço. Fiquei curiosa.
Primeiro observamos alguns trabalhos de artistas que tinham o LUGAR como questão. O "Efêmero" surgiu como discussão já que percebemos que existiam trabalhos que tinham uma vida útil no espaço. Preparamos em pequenas " telas" de papelão pinturas e desenhos que seriam doadas para o bairro. Pedi que cada um escolhesse individualmente o "SEU" lugar, e que gravássemos o depoimento
Alguns desenhos ficaram em lugares "seguros", como por exemplo na serralheria, a moça da batata frita, a lojinha e tal. Outros se arriscaram e seus desenhos passaram a habitar o espaço da rua, a grade.
Muitos querem envelhecer em Guaianazes, outros pensam em Europa, Havaí... Para a maioria o bairro é um lugar bom (fora a pedofilia! isso merece uma postagem especial). O bairro é alegre e merece cuidados segundo eles. O video esta quase pronto para colocar aqui.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
O Tecido Branco
E quando as cartas parecem desaparecer do que chamo de cérebro ativo, lá do fundo da sala aparece um loooooogo tecido branco. E viva a Andrea...
Todas as crianças passaram a habitar o interior desse longo tecido que poderia se transformar em muitas coisas. Eu fiquei do lado de fora, um camarote para observar as muitas mutações que o tecido de crianças e Andrea promoviam.
Nosso corpo agora era uma escultura coletiva: engatinhava, rolava, ficava de pé, agachava e precisava muita atenção com o outro. Todos estavam ali e faziam parte de novo corpo. Tínha uma velocidade e maneiras para caminhar.
Saímos do espaço da sala de aula, invadimos escadas e os limites do espaço externo. Éramos uma grande escultura ainda no pátio vazio da manhã de segunda feira. O vento agora era mais um componente dessa brincadeira. Inventei um botão que interferia diretamente nessa grande montanha de crianças, esse botão quando acionado podia fazer barulhos, modificar a escultura, fazer movimentos.... maior barato! Quem viu, viu. Quem não viu pode colher um pouquinho das imagens por aqui...
Todas as crianças passaram a habitar o interior desse longo tecido que poderia se transformar em muitas coisas. Eu fiquei do lado de fora, um camarote para observar as muitas mutações que o tecido de crianças e Andrea promoviam.
Nosso corpo agora era uma escultura coletiva: engatinhava, rolava, ficava de pé, agachava e precisava muita atenção com o outro. Todos estavam ali e faziam parte de novo corpo. Tínha uma velocidade e maneiras para caminhar.
Saímos do espaço da sala de aula, invadimos escadas e os limites do espaço externo. Éramos uma grande escultura ainda no pátio vazio da manhã de segunda feira. O vento agora era mais um componente dessa brincadeira. Inventei um botão que interferia diretamente nessa grande montanha de crianças, esse botão quando acionado podia fazer barulhos, modificar a escultura, fazer movimentos.... maior barato! Quem viu, viu. Quem não viu pode colher um pouquinho das imagens por aqui...
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